TEMPORAL EM SÃO PAULO: A CULPA NÃO É DA CHUVA!

Na última segunda-feira (10/2), a chuva se tornou de novo a grande vilã em São Paulo. Diversas autoridades apontaram a atmosfera como a principal causadora dos problemas que tivemos no nosso estado.

De fato, os dados mostram que houve um volume de chuva bastante elevado em 24 horas. Mas faz parte do nosso verão ser chuvoso. E mais do que isso: faz parte do nosso futuro a ocorrência de eventos cada vez mais extremos.

Chuvas com volumes elevados, ondas de calor, ondas de frio, estiagens. Tudo isso causado pelas atividades das pessoas. Diversos cientistas já apontaram as consequências das mudanças climáticas, mas certas autoridades e também parte da população não querem ouvir.

A pergunta que fica é: vamos continuar culpando a chuva? Ou vamos investir em soluções que evitem o sofrimento de todos?

A cidade foi construída para sufocar os rios e a natureza, sem qualquer planejamento. Os poucos pontos de área verde que restam estão sendo ocupados irregularmente e destruídos pela omissão das autoridades.

De acordo com o artigo publicado na Veja São Paulo e escrito por Matheus Hector Garcia, economista e cofundador do Consilium Insper, houve um projeto desenvolvido pelo engenheiro Saturnino de Brito na década de 1930 que visava “manter o fluxo natural dos rios construindo um conjunto de parques para absorção da chuva e a construção de um modal de transporte baseado em hidrovias”.

O artigo aponta que o projeto foi ignorado pelo prefeito Prestes Maia, que soterrou os rios para a construção de vias como a Avenida do Estado, responsável pela destruição do Rio Tamanduateí.

Foi horrível o que fizemos com o Rio Tietê, poluindo-o e colocando concreto em suas margens. Horrível também o que fizemos com o Rio Pinheiros, que não tem mais as curvas naturais e mais parece um esgoto a céu aberto.

Tudo o que foi feito ao longo de décadas gera consequências graves para nós até hoje, assim como tudo de errado que fazemos hoje nos trarão prejuízo no futuro.

Já estamos atrasados, mas ainda há tempo de pensar no que queremos para o estado de São Paulo e sua capital.

A população deve, em primeiro lugar, se conscientizar. Não basta somente cobrar autoridades, é preciso que cada um de nós façamos nosso papel. Isso inclui algo básico, que aprendemos no jardim de infância: não se deve jogar lixo no chão.

Para as autoridades, cabe o desenvolvimento de planos que ajudem na educação da população. Além de obras de melhorias que preparem a cidade para os períodos de evento extremo.

Também é fundamental investir em meteorologia. Hoje, o sistema meteorológico no Brasil é muito tímido perto do que pode ser, já que pouco se investe nessa área.

Os meteorologistas conseguiram prever (e dessa vez cabe os parabéns pela precisão), que haveria chuva volumosa entre a madrugada de domingo e segunda em São Paulo. Com essa previsão e com um governo eficiente, seria possível atuar de forma preventiva para evitar que desastres acontecessem e alertar a população para se preparar também.

As chuvas não vão parar. Ainda bem, pois alimentam as represas com água. Só nos restam duas opções: ou mudamos ou continuaremos a sofrer as consequências.

Na última segunda-feira (10/02), a chuva se tornou a grande vilã em São Paulo. Diversas autoridades apontaram a atmosfera como a principal causadora dos problemas que tivemos no estado.

De fato, os dados mostram que houve um volume de chuva bastante elevado em 24 horas. Mas, faz parte do nosso verão ser chuvoso. E mais do que isso: faz parte do nosso futuro um tempo cada vez mais extremo.

Chuvas com volumes elevados, ondas de calor, ondas de frio, estiagens. Tudo isso causado pelo homem. Diversos cientistas já apontaram as consequências das mudanças climáticas, mas as autoridades, e também parte da população, não querem ouvir.

A pergunta que fica, é: vamos continuar culpando a chuva? Ou vamos investir em soluções que evitem o sofrimento de todos?

A cidade foi construída para sufocar os rios e a natureza, sem qualquer planejamento. Os poucos pontos de área verde que restam estão sendo ocupados irregularmente e destruídos sem a interferência das autoridades.

De acordo com um artigo publicado na Veja São Paulo e escritos por Matheus Hector Garcia, economista e cofundador do Consilium Insper, houve um projeto desenvolvido pelo engenheiro Saturnino de Brito na década de 30 que visava “manter o fluxo natural dos rios construindo um conjunto de parques para absorção da chuva e a construção de um modal de transporte baseado em hidrovias”.

O artigo aponta que o projeto foi ignorado pelo prefeito Prestes Maia, que soterrou os rios para a construção de vias como a Avenida do Estado, responsável pela destruição do Rio Tamanduateí.

Foi horrível o que fizemos com o Rio Tietê, poluindo-o e colocando concreto em suas margens. Horrível também o que fizemos com o Rio Pinheiros, que não tem mais as curvas naturais e mais parece um esgoto a céu aberto.

Tudo o que foi feito ao longo desses anos gera consequências graves para nós até hoje, assim como tudo de errado que fazemos hoje nos trarão prejuízos no futuro.

Já estamos atrasados, mas ainda há tempo de pensar no que queremos para o estado de São Paulo.

A população deve, em primeiro lugar, se conscientizar. Não basta somente cobrar autoridades, é preciso que cada um faça o seu papel. Isso inclui algo básico, que aprendemos no jardim de infância: não se deve jogar lixo no chão.

Para as autoridades, cabe o desenvolvimento de planos que ajudem na educação da população. Além de obras de melhorias que preparem a cidade para os períodos de tempo extremo.

Também é fundamental investir em meteorologia. Hoje, o sistema meteorológico no Brasil é muito ineficiente perto do que poderia ser, já que não temos o recurso necessário para a área.

Os meteorologistas conseguiram prever (e dessa vez cabe os parabéns pela precisão), que haveria chuva volumosa entre a madrugada de domingo e segunda em São Paulo. Com essa previsão e com um governo eficiente, seria possível atuar de forma preventiva para evitar que desastres acontecessem e alertar a população para se preparar também.

As chuvas não vão parar. Só nos resta duas opções: ou mudamos ou sofremos as consequências.

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