Calor extremamente intenso chama atenção e acende alerta de perigo no Oriente Médio e nos Estados Unidos

O verão no Hemisfério Norte ainda nem começou oficialmente, mas algumas ondas de calor que estão sendo observadas neste mês de junho estão chamando a atenção dos meteorologistas pelos valores muito altos de temperatura, de forma que novos recordes estão sendo estabelecidos.

No início de junho uma forte onda de calor fez os termômetros estourarem em áreas do Oriente Médio. Temperaturas acima de 45°C e até acima de 50°C foram observadas em quase todos os países da região. A cidade de Sweihan, nos Emirados Árabes Unidos (EAU) chegou a registrar 51,8°C no dia 6 de junho (domingo), temperatura que agora é o novo recorde histórico de calor do mês de junho para o país. Aliás, é claro que o Qatar não ficou de fora da onda de calor. Então, ficou claro agora porque optaram por realizar a Copa do Mundo em 2022 a partir de novembro e não no meio do ano?

Agora, os habitantes do sudoeste dos Estados Unidos são os próximos a sofrerem com calor extremo. A cidade de Phoenix, no Arizona, marcou 46,1°C (115°F) na terça-feira, 15 de junho, estabelecendo um novo recorde histórico. No entanto, é bem provável que temperaturas ainda mais altas que essa tenham ocorrido em outras cidades do Estado, como Tucson, e, principalmente, na Califórnia. E o que acende um alerta preocupante é que os modelos de previsão seguem projetando ainda mais calor para toda a área que fica entre o noroeste mexicano e o sudoeste dos EUA. As temperaturas podem alcançar até 51°C em algumas áreas na sexta-feira. Vale lembrar que um registro de 54,4°C em agosto de 2020 no sul da Califórnia está próximo de ser confirmado como uma das maiores temperaturas registradas no planeta desde a década de 1930.

Meteorologistas reportaram ao The Washington Post o que explica esse calor. Essas ondas de calor geralmente estão associadas com a presença de um grande e forte anti-ciclone organizado entre os médios e os altos níveis da troposfera. O movimento subsidente (para baixo) associado ao anti-ciclone funciona como uma tampa, que aprisiona o ar quente que tenta subir e, pra completar, também empurra esse ar para baixo, o que causa sua compressão e, por consequência, ainda mais aquecimento. Soma-se a isso o tempo muito seco, que dificulta a formação de nuvens e chuva e permite que o sol brilhe forte por muitas horas seguidas, o que contribui ainda mais para aumentar a temperatura. Inclusive, esses são os fatores que também explicam a intensificação das ondas de calor que atingem o Brasil no início da primavera, a exemplo da de 2020, que foi histórica.

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Fontes:
https://amp.theguardian.com/us-news/2021/jun/14/us-heatwave-southwest-utah-california-nevada-arizona
https://earthobservatory.nasa.gov/images/148430/heatwave-scorches-the-middle-east
https://www.facebook.com/adarmonzon/posts/329837788500743

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